Profa. Lia Diskin, cofundadora da Associação Palas
Athena e coordenadora do Comitê da Cultura de Paz.
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É difícil discernir o essencial, o indispensável, nos dias de hoje? Para Lia Diskin - formada em Jornalismo, estudiosa dos filósofos indianos Nagarjuna e Kamala Shila e premiada por sua contribuição na área de Direitos Humanos e Cultura de Paz pela Unesco - o primeiro passo é se conhecer. E, depois, viver em teia. "Não existe vida sem relação. Não existe vida no isolamento", diz. Valores essenciais sustentam esse emaranhado de relações, e também são sustentados pela rede.
Lia cita Gandhi, desdobrando o significado de uma de suas máximas mais célebres. "Você não pode começar pelo mundo, mas pode começar por você. Gandhi tinha essa capacidade de apontar com clareza questões relevantes, acessíveis à participação de todos. Penso que devemos resgatar essa capacidade." Leia abaixo a entrevista concedida por Lia à Inês Castilho, e saiba mais sobre a série de entrevistas, projeto realizado em parceria entre o IDS, Outras Palavras e Ideafix, neste link.
Como você percebe a participação política do cidadão brasileiro?
Muito enfraquecida, pouco envolvida, pouco comprometida. Apesar de haver uma informação crescente, talvez por causa das redes sociais, numa perspectiva mais de longo prazo não vejo uma capacidade aglutinante de fazer propostas locais, pontuais, nem de uma macroestratégia de desenvolvimento do país.