"Como podemos educar nossas emoções?": áudio e apresentação para download

A Dra. Elisa Kozasa falou sobre as emoções universais,
suas funções e como podemos manejá-las.

Realizado dia 13 de março, o 94º fórum do Comitê da Cultura de Paz, a cargo da Profa. Dra. Elisa Kozasa, abriu o 13º ano de atividades do Comitê da Cultura de Paz. A íntegra do fórum em áudio e a apresentação em power point estão disponíveis para download sob a licença Creative Commons.

Abaixo, o texto de abertura do fórum, da jornalista Elisabete Santana.

"Boa noite! Sejam muito bem vindos ao 94º fórum do Comitê da Cultura de Paz, coordenado pela Associação Palas Athena em parceria com a UNESCO.

Neste momento tem início o 13º ano de atividades deste Comitê. Sim, são 13 anos ininterruptos de atividades embasadas em 8 eixos que compõem uma proposta ousada para muitos e utópica para outros, mas que sem dúvida trata de nossa sobrevivência e convivência harmônica sobre este planeta: a Cultura de Paz.

Os trabalhos deste Comitê iniciaram-se com a divulgação do Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência, em 1999, que propôs seis princípios como um compromisso de cada um de nós com a construção de novos paradigmas de convivência: Respeitar a vida, Rejeitar a Violência, Ser generoso, Ouvir para compreender, Preservar o planeta e Redescobrir a solidariedade. Este Comitê foi responsável por mais de 500 mil assinaturas a este compromisso. No Brasil, foram mais de 14 milhões e, no mundo, o Manifesto alcançou mais de 70 milhões de compromissos.

Naquele momento, começava a Década Internacional para a Cultura de Paz, 2001-2010, destinada a difundir o programa sobre uma Cultura de Paz, concebido pelas Nações Unidas e coordenado pela UNESCO.

As reflexões e iniciativas produzidas neste período ecoaram na comunidade mundial, e hoje se traduzem em milhares de ações que contribuem na construção de um mundo justo, compassivo, sustentável e equânime para todos os que nele vivem.

A Década findou em 2010, oficialmente. Mas, a urgência de inventar, despertar e estimular o saber e o afazer humanos neste sentido permanece, e percebemos que se justifica a cada dia. O Comitê inspirou e inspira iniciativas que atendem a necessidade vital de renovação e inovação em nossa forma de sentir, pensar, falar e agir; de avaliar nossas prioridades frente à diversidade de horizontes e consolidar autonomia nos cenários local e global, aliando o poder criativo do humano ao princípio de interdependência que sustenta a rede de Vida.

E mãos à obra nesse 13º ano, reafirmando os 8 eixos do Programa de Ação para uma CP:

Cultura de Paz através da Educação; Economia Sustentável e Desenvolvimento Social; Compromisso com Todos os Direitos Humanos; Equidade entre Gêneros; Participação Democrática; Compreensão – Tolerância – Solidariedade; Comunicação Participativa e Livre Fluxo de Informações e Conhecimento; e Paz e Segurança Internacional.

O detalhamento destes 8 eixos está na Declaração e Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz, disponível no site do Comitê, que hoje representa um marco em nosso idioma quanto a documentos internacionais de referência, artigos e textos de apoio, bibliografia, cartilhas temáticas e áudios dos fóruns realizados em todos esses anos.

E como não poderia deixar de ser, o Comitê também se inseriu na blogosfera e nas redes sociais: nosso blog – comitedaculturadepaz.blogspot.com – se propõe a ser uma vitrine interativa das ações que vêm se realizando pelo país e pelo mundo aos 8 eixos do Programa de Ação sobre uma Cultura de Paz. A construção e alimentação permanente do site e do blog se dão graças ao apoio de uma empresária que frequenta os fóruns e percebeu a necessidade e urgência de dar visibilidade a iniciativas desta natureza, a quem agradecemos a generosidade. O Comitê está também no Facebook, com uma página que é atualizada diariamente: Cultura de Paz - Culture of Peace.

Tendo em vista que este Comitê é um movimento e não seria possível percorrer todo este caminho sem a contribuição e ação de inúmeras pessoas, agradecemos a todos os voluntários que direta e indiretamente tornam possível a realização de nossos encontros e atividades, e ao MASP, nas pessoas de Cristina Lacerda e Débora Lauand, que gentilmente cede este espaço.

Falamos há pouco da necessidade vital de renovação e inovação em nossa forma de sentir, que pode transformar nossa forma de pensar, que por sua vez muda a forma de falar, que, então, qualifica nossa forma de agir.

As emoções são fundamentais para nossa sobrevivência e proteção como indivíduos, e para estabelecer conexões com os outros membros da sociedade, para conviver, afinal. Todos já tivemos um episódio emocional do qual nos arrependemos, mas que pode ter gerado consequências duradouras e até mesmo mudado o rumo de nossas vidas. Mas, será que poderia ter sido diferente? Poderíamos ter sido educados emocionalmente e desenvolvido instrumentos para lidar com situações difíceis de outra maneira? Será que podemos aprender algo agora? Podemos educar nossas emoções?

Esta é a reflexão que permeará o 94º fórum, a cargo da Profa. Dra. Elisa Kozasa, a quem agradecemos a generosidade e a partilha de seus conhecimentos."